sexta-feira, 25 de julho de 2014

Agonia

É tudo muito vago e quanto mais me perco mais me encontro no que quero ser. Quero ser eu quando não estou contigo, ser eu mesma quando estou longe de ti. Mostrar aos outros o quanto o meu sorriso resplandece e as minhas lágrimas purificam. A pureza que agora mora longe, deixou-me assim. Numa doce e triste melancolia que me leva a pensar o que seria de mim jamais te tivesse conhecido. E agora, de óculos postos, oculto tudo o que já mostrei. O espelho da minha alma sôfrega em suaves gotas de álcool. A agonia do meu ser.

"Se o amor é cego, então nunca acerta o alvo"

E aqui estamos nós, mais uma vez. Depois da mulher estátua voltou a revolta.
Voltamos á rotina do diz-que-disse. Do diz e desdiz, do diz que "te quero tanto" partilhado com dúzias e repetido e imitado mil e quinhentas vezes. E é então que volto á instabilidade e ao toque frenético e ao dedilhado louco no meu blog. E é aqui que tenho a inspiração: más atitudes de outrem.
Atualmente reflito sobre o conceito de "amor partilhado", ao que parece não é tão atual quanto isto. Desde sempre que há uma tendência natural para fazer crer que o amor é eterno apenas pela curiosidade de o dizer e depois, a destruir por completo qualquer ideal. Ora bem.
Dos assuntos que mais adrenalina me dá será este, pelo simples facto de saber tão bem que toda a gente sofre do mesmo mal. Quantas vezes já ouvi repetidamente "amo-te", "és tu quem eu quero", "FAZES-ME BEM"? Exato. E quantas vezes é que já não vi essas palavras viradas contra mim em discussões fúteis? "Tudo o que fazes, faz-me sentir tão mal". Meus caros, a verdade é simples. Quando eu gosto, não magoo. E quando o faço não é propositado e logo o remedeio.
Enfim, para além disto, quantas vezes já não vi as palavras outrora destinadas APENAS E SÓ a mim serem distribuídas como panfletos de uma discoteca In para angariar clientes? Demasiadas.
Saberia bem dizer que 'já chega' e 'desta vez, acabou'. Mas lá está, não acabou. Porque nunca acaba.
Eu revolto-me, eu rejeito. Fico enraivecida e tento destruir tudo e planear uma vingança muito fria só para cortar o mal pela raiz. Até que vem a instabilidade.
Fico louca só de pensar que estou a acabar com uma coisa que OUTRORA foi tão boa. E é então que desisto e volto a mumificar todas as minhas ações.
Boa. E agora? Ele repete a treta toda do 'és perfeita e quero ficar contigo' para toda a gente que aceita essas palavras? E eu?
Simples. Shakespeare disse em Romeu e Julieta: 'Se o amor é cego, nunca acerta o alvo', ao que parece este é o mal de que tantos sofrem. O amor cego que vai testando e testando cada pessoa, levando a paixão e depois tirando-a, friamente.
É compreensível o amor é cego. Mas e o outro? O que vou fazer de mim que o vejo?
Eu vejo de quem eu gosto e o porquê de o fazer? Eu vou ficando aqui, revoltada com o que ainda vejo até que finalmente algo me cegue e eu deixe de te ver, finalmente.

domingo, 20 de julho de 2014

Mulher estátua

Desde um sorriso esmorecido a um abraço que se esconde no vento. Tudo o que não quero mostrar flutua em expressões que me fogem discreta e silenciosamente entre os dedos, "meu amor".
Todo o vazio que tento forçosamente manter é de todo o mal ou nenhum bem que erradico de mim. Vou ferir e magoando, vou tirando um a um espinhos que outrora me mostraram muito mais que rosas. Peço aos céus e a tantas outras entidades divinas que tenha nunca de esboçar nos meus lábios um "adeus" doloroso porque em tudo revejo em mim pequenas e cheias partes de ti. Vou desconfiando, por agora. Não és inocente, mesmo não sendo eu a melhor e mais parcial juíza.
Tanto acto e eu sem ver efeito. Por enquanto não me movo por nada nem para nada.
Porque no fim... Se confias, não questionas.
Se, pelo contrário, desconfias, não amas.
Se amas, ficas.
Se não aguentas, desconheces o resto.

Tudo tem uma razão mesmo que não aparentee por isso mesmo aqui fico eu, quieta no meu sítio. Fico aqui tal e qual uma mulher estátua.

Sobrevivendo continuo

Sobrevivo, luto, resisto e não desisto. Paixão hábil de fazer tombar, e sorrir.
No Passado? Tropecei.
Sofri, chorei, aguentei uma dor insuportável. A dor essa, que remói, a dor que dói e custa a passar, a dor que sôfrega sentimentos e abole todas as esperanças.
Paixão insuportável, enfadonha e detestável.
Regresso impossível, progresso inevitável.
Remate de amores-perfeitos inexistentes, de sofrimentos constantes e de paixões impossíveis.
Fim próximo do suposto inicial de bem-querer, nunca nada dura mais que hoje e possibilita a hipótese do amanhã a dois.

Infelicidade duradoura, alegria repentina, paixão imprevista, reviver da mesma cena.

Durante a tua ausência

Durante a tua ausência supliquei a mundos e fundos que me fosse retirado o coração de tamanho suplício que não era te ter.
Durante a tua ausência fingi não sentir mais nada, fingi uma memória que te apagava maioritariamente de mim, fingi um esquecimento, fingi-te.
Durante a tua ausência liguei-me a conexões desconexas que pela primeira vez fizeram algum sentido!
Durante a tua ausência acreditei no impossível, acreditei em hipóteses e probabilidades matematicamente calculadas na esperança de uma vida.
Durante a tua ausência fui "feliz".
Atingi um clímax de felicidade que nem eu mesma o compreendi.
A névoa dissipou-se, o frio foi aquecido, a cabeça preenchida e o resto completo.
E quando estava realmente a estimar, apareceste.
Deixaste-me a cabeça em água, fizeste-me pensar e repensar no que eu já tinha planeado.
Todos os meus planos, descobertas e maquiavélicas vinganças só por piada. Agora tenho ambições cortadas mas desejos ínfinitos.
Tenho uma grande amargura recente mas uma paixão acesa.
Tenho o que a razão manda mas não o que o coração respeita.
Tenho uma felicidade relativa mas não uma ambição pelo abismo.
Tenho segurança mas não borboletas na barriga.
Tenho o que devo mas não o que quero.
Durante a tua ausência, fui o que não sou.
Agora pergunto qual, a escolha de pessoa a ser?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Enquanto aqui estiveres

Enquanto aqui estiveres não precisarei de ser uma outra pessoa ou de fingir perceber.
Enquanto aqui estiveres tudo será misterioso e armadilhado de entender.
Enquanto aqui estiveres aperceber-me-ei do quanto perdi e do quanto estou a ganhar.
Enquanto aqui estiveres terei nervosismo de ter realmente algo que me toque ou alguém que me mostre o que quero ver.
Enquanto aqui estiveres serei verdadeiramente feliz.
Mas, no entanto, quando tudo acabar e a minha dependência se tornar independente, tornar-me-ei miserável.
Porque enquanto aqui estiveres tudo o que ansiava, todos os receios e questões pendentes se tornaram o mínimo dos meus problemas e preocupações. Tudo o que havia sido tão perfeito, tornar-se-á agora Insuportável. Enquanto aqui estiveres foi o melhor pedaço de céu que caiu sobre mim, mas... E quando te fores embora?

Tired

Às vezes dou por mim a olhar para o espelho e a pensar "será que o que dizem de mim é verdade? ", faço esta pergunta a mim mesma vezes sem conta, e chego à conclusão que talvez o que dizem de mim seja verdade, talvez eu não faça mesmo falta a ninguém. Eu tento não pensar nisso mas é quase como impossível.  Eu sinto nojo do que sou, na pessoa que me tornei.  Já não sei mais o que fazer para tentar melhorar,  talvez deva comer menos e vomitar mais,  pode ser que assim consiga melhora, eu nunca vou ser mais do que aquilo que me chamam mas pelo menos assim pode ser que me sinta melhor comigo mesma, pode ser que as pessoas deixem de falar mal de mim. Eu estou cansada de meter um sorriso nos lábios enquanto o que mais quero fazer é desabar em lágrimas, estou cansada de mentir quando me perguntam se estou bem,  eu simplesmente estou cansada de tudo.

Basta!

Andei feita masoquista, num sadismo insano em que eu era a única prejudicada.
Lutei incansavelmente pelo que demorei a perceber que não podia ter (pelo menos, não mais). Enfureci-me brutalmente contra quem não tinha um papel importante para a minha felicidade e simplesmente me magoava mais e mais.
Abortei missões que simplesmente nunca deviam ter chegado a isso mesmo.
Abdiquei, de muitas formas, de sentimentos estáveis e fixos por uma boa memória.
Atualmente, não o faço.
Vou continuar a trabalhar para a subida do meu Ego, vou mostrar que das cinzas nasce a mais bela Fénix e que, no que depender de mim, tudo o que for estável vai continuar a sê-lo, sem destabilizar.
Já não vou ser eu a sacrificada num jogo de mentiras e traições infantis. Já chega de envolver quem pouco ou nada tem a ver com isso para segurar algo que há muito se perdeu.
Eu já não perco, a partir da queda, é sempre a subir. E um dia verás...
Independentemente de tudo, hás-de sempre sentir falta de quem mais te amou, pois nunca encontrarás alguém melhor que eu.

Fado dos completos

Tudo quanto procuro, encontro. E se não encontrar é porque nunca foi destinado para eu o procurar.
Encontrei-te demasiadas vezes em desencontros pouco predestinados, e hoje sei que não fomos criados para o nosso êxito. Seriamos muito melhor sucedidos se juntássemos o divino equilíbrio que em nós se aloja. Enquanto não o entenderes, moramos cheios de solidão e condenados ao insucesso.
Se encontrares um outro ser que te complete, completa-o, pois será sempre a peça que faltará para o teu destino ser francamente resolvido. E assim tudo se cura, tudo se resolve. O cancro deixa de ser doença e as guerras passam a ser abençoadas pelo fado dos completos.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Pensamentos abreviados

Lágrimas correm com o meu suspiro do teu nome. Não consigo evitar que corram, sobretudo agora. As estrelas vêem aqui, a cada noite que passou e que continua a passar só para poderem ouvir-me chorar. Mas não me consigo sentir mais leve. Não me alivia o facto de metade de mim se desfazer em pedaços que não consegui agarrar nem submeter á razão.
As lágrimas que caem não tornam o meu peso na terra mais leve. Tornam a minha consciência mais pesada por pensar em ti, continuar a querer-te. É  inconcebivel que isto aconteça. Não compreendo nem o que me faz fazer. Numa revolta de sentimentos, o choro não pára. Fico desalmadamente nervosa e com uma respiração ofegante. Mas e daí? Tudo passa.

Não te incomodes, ficarei bem, acho.

Sótão

Existem maneiras e formas de dizer as coisas. Não me digas tudo o que quero e tenho para ouvir agora, por favor, evita.
Não consigo assimilar todas as informações daquilo que te fiz e me fui fazendo.
Neste momento, não acredito em mim nem nas minhas boas ações perante boas pessoas. Por favor dá-me algo em que acreditar porque em mim eu não acredito mais.
Com um certo jeito para as palavras, tiveste o dom de me dizer as verdades mais duras e cruas e fizeste-me adormecer embalada pelos estranhos pesadelos que aconteciam na minha cabeça.
Não menti quando disse que devia ter reparado melhor no que se passava á frente dos meus olhos.
De uma certa forma, quero que percebes que te darei a mão seja em que situação for, mas que jamais serei boa o suficiente para ti. És quase que imaculado e honestamente prefiro que continues a brilhar. O pó que faz de mim uma boa memória guardada no sótão só te deixaria cheio de manchas e marcas que não conseguirias apagar.
Para que conste, eu sinto efetivamente coisas. Tenho ciúmes de toda a gente que se aproxima de ti, tenho raiva de quem te magoa, tenho inveja de todos aqueles que passam pela tua vida sem te fazer mal. Por muito fria que possa ser hei-de ter sempre a temperatura perfeita para te fazer evaporar as lágrimas e te arrefecer a cabeça. E sinceramente espero que seja sempre assim que me guardes.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Vozes descontextualizadas

Como pode o som estar tão longe quando a voz é minha?
Como pode fraco espírito estar tão forte assim?
Como continua a minha razão a ceder a tão carinhosos olhos de um garoto apaixonado?
Quão pecaminoso será o caminho a percorrer desde o que tenho e o que realmente quero?
Não aguento. Não engulo taxas tão elevadas que já nem a minha alma consegue pagar.
Toda a gente perde a voz, toda a gente ouve demasiado.
As sereias já não cantam, são encantadas com angelicais vozes em melodiosas serenatas tocadas junto ao rio contrariado. As forças militares já não aguentam o forte e desmoronam-se com filosofias de promessas celestiais.  E eu, sem música voz ou canto, ouço imparavelmente o que os meus ouvidos parecem não reconhecer: uma voz desconhecida.
Tanto te devo a minha vida como logo a seguir penso que a única forma de realmente ter uma é não te tendo. E por isso não te quero, porque um dia te quis demais e uma vez por outra te vou querendo.
Agradece então aos teus pais. Agradece a quem te fez e te criou. Agradece por algures perdido no campo teres sido a perfeição em forma humana.
De todas as vezes que partiste sem nota, nenhuma me levaste. Vais-me matando com a distância fria que fica sempre que me abandonas ou sempre que não te alcanço. Como podes estar tu tão longe quando tu és eu? Ou eu sou tu. Ou somos os dois um do outro, sem realmente sabermos quem somos.
As nossas vozes fundem-se e um dueto soa, nunca estivemos realmente no nosso tom.

Morfina

Depreendo que já tenhas percebido tudo. Tudo, mesmo.
Quando digo que não te quero mais, desta vez falo a sério.
Espero não me arrepender.
Verdade seja dita, se alguma vez, em algum ponto eu me arrepender desta escolha de te ter deixado de vez por favor preocupa-te. Não sorrirei mais nem farei um esforço para tal. O arrependimento que terá lugar em mim vai assumir todo o meu corpo e fingir que nenhum mundo existe. Quando isso acontecer, agarra em ti e no teu corpo com o meu cheiro e deixa morfina á minha porta. Será a única maneira de suportar o facto de não te ter querido e querer-te.
Entretanto, enquanto isso não acontece, assume que estou feliz. Eu vou continuar a dançar e a pular na escuridão até que um dia uma outra luz se acenda.
Nem que seja a da lua.

Eternamente?

Tudo era para ser eterno e tu para sempre meu. Onde foi que nos perdemos? O que foi que aconteceu?
É verdade. Promessas feitas com sorrisos nos lábios desenhados. Juras de amor eterno. Onde será que ficaram as nossas palavras?
As nossas ações marcaram tudo o que um pedido de desculpas sincero não sabe apagar. A falta de mais rotação no ponteiro mais pequenino do relógio fez com que tudo se tornasse fraco e frio.
No entanto, aqui continuei. Apesar de estar num labirinto completamente fechado em que a saída estava disfarçada por questões superficiais.
E escolhas são feitas. Mas no entanto há-que desconfiar.
Se algum dia preferir a música a canta-la para ti, desconfia porque é impossível.
Se algum dia preferir uma saída a sai-la contigo, desconfia porque é impossível.
Se algum dia, por ventura, disser que tenho outro alguém e o que sinto por ti são coisas confusas, desconfia porque é mentira.

Tudo continua a ser eterno e hei-de marcá-lo dê por onde der. Se provas são precisas e que três ou mais passem, provas serão dadas. E portanto presto provas e alcanço metas. Até podes desconfiar, mas tenta primeiro não faltar ao prometido e evitar um cansaço mentiroso.

Consegues aprumar-te rapaz?

Onde estás agora?

Procurei-te num ato desenfreado. Procurei por ti e por nós bem lá no fundo do baú. Pedi-te que voltasses, que viesses ser comigo o que eras. Nunca recusaste.
Recusaste-te a qualquer tipo de esforços suados que envolviam a tua pessoa.
Onde estás tu, que outrora vinhas de carinho em punho e sorriso no rosto?
Onde estou eu, que outrora congelava sentimentos e os servia bem frios?
Onde estamos nós, que outrora fomos um todo?
Sabendo perfeitamente onde estás e o que é preciso para me encontrares, não o fazes.
No entanto, procuro-te, sempre.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Correta despedida

"Meu amor,
Peço desculpa não poder apoiar-te e abraçar-te quando precisas.
Desculpa-me se te falhei em algum momento ou se sobrepus a minha vontade á tua quando eras tu quem tinha razão. Perdoa-me se o meu feitio embate no teu, desculpa-me.
Não posso estar aí, contigo. Mas espera, não fales.
Tem calma. Sempre que por momentos, pensares que não te quero ou que tudo foi em vão, repensa porque nada é ao acaso e tudo tem a sua razão. Eventualmente estaremos no mesmo sítio, ao mesmo tempo e verás que nada mudou. Nem o que sento, nem o que faria por ti. Por enquanto tudo acaba, preciso que me desculpes. Espera por mim, mais uns meses, talvez uns anos. Podemos voltar a encontrar-nos e aí ficarei contigo, não eternamente. Agora tenho de ir, não posso esperar mais tempo. Existem coisas que não compreendes mas um dia perceberás que nunca te abandonei e que quando não estive lá para te abraçar não foi por falta de vontade. Um dia perceberás que nada quis fazer para te magoar. Serás sempre a primeira pessoa em quem penso quando acordo e a última antes de dormir. Serás sempre tu. Lamento a posiçaõ em que te coloquei. Nunca foi a minha intenção deixar-te assim.
As minhas desculpas."

Toda a gente precisa de uma assim, não seria tão difícil.

Pronomes mais que pessoais

Nunca devia de pensar no teu mundo.
No que fazes ou pensas. Por pouco que fosse, gostava que fosses, de vez.
E que nunca mais me chamasse.
Que nunca mais me quisesses, nem oportunidade a tivesses, de me ver ou sentir.
Gostava de nunca mais me sentir bem com o teu sorriso, mal com as tuas lágrimas e indiferente com a tua naturalidade.
Gostava que não estivesses mais.
Não quero que seja contagioso o facto de estar uma e outra vez a apaixonar-me por esse jeito, quieto.
Portanto vai.
Salva-te de mim, de ti, ou de um nós perigoso.
Salva-te do que não queres.
Solta-me. Deixa-me ir, vai também.
Ou, por outro lado, antes que as feridas não sarem, volta e cura.
Mas volta para sempre, ou para um futuro demasiado próximo.
Volta para mim, assim.
Volta neste meu território, antes que seja tarde de mais, antes que já não o possas fazer.

A frieza aquece-se com o lume de um espírito. Envolve o teu com o meu e teremos uma fogueira para o resto da vida.

sábado, 22 de março de 2014

Nota de suicidio

Antes de mais, meu anjo
Diz-me tudo o que te aflige e te faz chorar. Não voltes atrás.
Perdoa-me as lágrimas que lentamente vão caindo tal como as folhas no outono. Permite-me sentir a tua falta e eu amar-te-ei por sentires a minha. Podes seguir sem mim. A vida é curta e o (teu) amor deixa mossa.
No entanto, primeiro oferece-me um última noite a teu lado, abraçada a ti, descansada no teu peito. Não te preocupes com promessas por cumprir. Dá-me um beijo de boa noite e despede-te de mim até um futuro próximo. Prometo que tudo correrá bem. Anestesia-me docemente, adormece-me para a vida. Já não aguento mais. Beija-me a testa e diz-me que não sentirei mais dor.
Agora deixa-me aqui. Tira-me todos os pôr-do-sol abraçados da minha vida. Apaga-me o brilho dos olhos. Deixa-me ficar quieta e calada enquanto vou quebrando o ritmo cardíaco e pacificamente a respiração. Vou morrendo á medida que amanhece.
Eventualmente encontrar-nos-emos aqui. Tu junto a mim, outra vez. Mas não tenhas pressa e demora a chegar. Pousarei numa nuvem á tua espera.
Vá, ganha a coragem que conseguires e deixa-me em plena felicidade. E quando tudo acabar, a minha respiração terá se esvaído em meros suspiros e o meu coração não batera mais. Quando isso acontecer, deixa a tempestade acalmar, relembra-te de mim e vive tanto quanto te falta. Não chores nem olhes para trás, voltaremos a encontrar-nos.
Até lá pensa em mim e recorda que aconteça o que acontecer serás sempre o meu grande amor.

Até um dia.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Acabou.

Tudo parecia tão fácil e tão bonito, tudo parecia tão perfeito e nítido, mas agora nada é assim, agora está tudo imperfeito e destruído. Tu destruíste-me por isso peço desculpa se acabei contigo, mas estava tão farta de sofrer e estava farta de te ver sofrer. Agora segue com a tua vida e sê feliz, esquece-me de uma vez por todas, o meu maior desejo é que tu sejas feliz, é o que mais desejo na vida. Este foi talvez o amor mais estúpido que vivi pois ele só se resumia a dor, sofrimento e discussões, mas mesmo passando por isso tudo acho que foste a pessoa que mais amei até hoje, mas tudo um dia passa, um dia  o que vivemos serão apenas memórias, esse dia ainda está longe de chegar, mas ele vai chegar e nessa altura eu já não te vou odiar nem sentir rancor, apenas vou pensar "ele foi a pessoa que mais amei". Tudo o que começa acaba e a nossa história acabou, deixou de existir um "nós" agora só existir um "eu" e "tu".

quarta-feira, 5 de março de 2014

Um amor destruido

Eu só quero poder amar, amar sem porquês, amar sem vírgulas, sem pontos de interrogação, quero amar alguém até que me doa o coração, ao ponto de não poder viver um dia sem o ver, ao ponto de lhe chamar 'meu tudo', amar ao ponto de dar a minha vida por ele, eu tive esse amor, e foi o amor mais lindo que já vivi, mas graças a ti hoje só restam as cinzas desse amor, que eu com muito cuidado tento juntar, mas o amor que eu sentia por ti nunca mais será o mesmo...

A despedida

Mais um dia, mais uma semana, mais um mês, mais um ano, e eu continuo assim, assim sem saber o que pensar ou sentir, sem saber para onde ir, sem saber em quem confiar, só ando á procura de mais uma razão para me despedir, para acabar com este sofrimento mas sem magoar ninguém, pode ser que o faça mais depressa do que imagino afinal a falta que vou fazer não vai ser assim tanta. Hei de me  despedir sem ninguém se aperceber, e quando se aperceberem já vai ser tarde e aí é que vão perceber o que eu realmente sentia e que a menina simpática e sorridente, tantos sorrisos falsos deu, que neles embrulhada morreu.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Reviver o Passado e imaginar o Futuro

Enfrentar este caminho sozinha tem sido tão doloroso e tão cansativo. Ás vezes dou por mim a pensar nos nossos momentos e pergunto me como seria se ainda estivesse mos juntos, será que eu era feliz, será que tu eras feliz, provavelmente não, porque o nosso amor morreu numa altura que já nenhum de nós morria por amor, afinal as decepções foram tantas, a confiança foi quebrada e uma relação em que não haja confiança está destinada a acabar, por muito que ainda goste de ti já não me imagino a teu lado. Neste momento só espero que estejas feliz e que tenhas seguido com a tua vida e que tenhas encontrado alguém que te ame como eu te amei, porque só quando isso acontecer é que eu vou conseguir ser feliz e seguir como a minha vida.

O que era já não volta a ser

Sabes o que mais doí? Doí não conseguir mudar a tua palavra, o teu conceito sobre mim, doí mesmo. Deste me esperanças que já não irá haver um "nós" juntos devido ás tuas tentativas para que sejas odiado por mim. Cansei. Todas as pessoas da minha parte sabem exactamente o que penso sobre ti, aliás.... pensar em ti deve ser provavelmente a única coisa que faço . Mas sinto-me completamente idiota em fazê-lo, sentimentos assim não deviam existir. Porque é injusto só eu sofrer, só eu lutar e acreditar. Até mesmo os detalhes mais insignificantes e as lembranças mais idiotas estão a interferir com a minha mente. Mesmo com todos os motivos existentes na face da terra para eu enterrar este sentimento, todas as vezes que eu te vejo é como... se fosse a primeira vez. O sentimento volta como se nada tivesse acontecido. É tão difícil ter que olhar para ti e perceber que és tu que eu queria, que estás tão perto mas ao mesmo tempo tão longe. É tão difícil sentir o coração batendo forte contra o peito só de pensar em ti e não saber se tu sentes o mesmo. É difícil de lembrar todas as outras coisas que deram errado, de todas as escolhas que não deram em nada, de todas as pessoas que passaram pela minha vida e saíram dela sem dar explicação ou dizer adeus. Simplesmente não quero que sejas uma dessas pessoas. Porque dói quando alguém que tu gostas vai embora, e eu não quero ver-te longe de mim, não quero deixar de te ver, eu não quero não te ter. Mas cada respiração tua ou minha.... eu sinto me cada vez mais longe de ti... porque tu estás a fazer isso. E aí vejo que não sei mesmo o que fazer para mudar isso. Parece que o medo consome-me só de pensar em ti longe de mim. Mas cansei um pouco.... Cansei-me de andar com histórias e não chegar a lado nenhum.

Amorizade

A verdade? A verdade é que eu não sei o que sinto, não sei se é amor ou amizade, talvez seja uma mistura de ambos. O que eu sinto por ti não se explica, porque eu olho para ti e tento descrever-te numa só palavra mas derrepente fico sem adjetivos, porque tu consegues ser tudo, consegues ser a pessoa mais perfeita do mundo, assim como consegues ser a mais imperfeita e é isso que me faz gostar de ti. Somos tão diferentes, mas sempre ouvi dizer que as diferenças atraem-se e é por isso que somos perfeitos um para o outro. Agora acho que já sei o que sinto por ti e não é amor nem amizade, é um sentimento ainda maior...

Foste um erro

Eu tentei mudar, tentei ser outra pessoa, tentei ser mais simpática, menos fria, mais disponível e menos ciumenta, eu tentei e não consegui, de certa forma sinto-me aliviada, mas se calhar foi isso que te afastou de mim, se calhar foram os meus caprichos e as minhas birras que te fizeram pensar que eu não te merecia. Quando pensaste isso tinhas razão porque eu não te mereço, eu mereço alguém muito melhor que tu, eu mereço alguém que me ame pelo que eu sou e não pelo que querem que eu seja, eu agora percebo que foste um erro e que não passaste disso mesmo, um erro, que não volto a repetir, porque eu não vou mudar por ninguém.